domingo, 22 de janeiro de 2012

Gestores baianos querem ampliar para 120 mil o número de beneficiários do Bolsa Família

Os gestores precisam se adequar ao novo processo de busca ativa de beneficiários




                  Muita gente recebe o Bolsa Família e precisa de qualificação

1,7 mil gestores dos 417 municípios baianos participam do II Encontro Estadual do Programa Bolsa Família, para que mais de 120 mil famílias sejam cadastradas no programa Bolsa Família este ano.

O evento teve início ontem será encerrado hoje. Os gestores precisam se adequar ao novo processo de busca ativa de beneficiários, implantado pelo governo federal a partir do Plano Brasil Sem Miséria.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse durante a cerimônia de abertura, que cerca de 2,4 milhões de baianos vivem em extrema e representam mais de 17% da população brasileira nessa condição.

Ela apresentou o Plano Brasil Sem Miséria, explicando como a iniciativa e o Programa Bolsa Família se complementam. Segundo informou, parte da população que recebe o benefício já tem acesso à inclusão produtiva, qualificações, sementes e assistência técnica.

“Muita gente recebe o Bolsa Família e precisa de qualificação. Vamos localizá-las tendo acesso às informações, melhorando as redes de saúde e educação, oferecendo cursos e assistência técnica. Juntos - governo federal, estados e municípios -, conseguiremos superar a extrema pobreza no Brasil”, afirmou Campello. Para isso, ela avalia ser fundamental que as famílias que tenham renda mensal per capita de até R$ 140 ingressem no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Estado estratégico

Tereza Campello também disse que a Bahia é um dos estados estratégicos para o Bolsa Família. “Trabalhamos juntos para que a Bahia possa continuar sendo pioneira no conjunto de programas para a superação da extrema pobreza no Brasil”.

O governador Jaques Wagner afirmou que o Bolsa Família é um programa social e de microeconomia. “Na Bahia entraram, em 2011, R$ 2,2 bilhões somente pelo Bolsa Família. Somado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que são os benefícios por idade e dos deficientes, este total chega a R$ 4,2 bilhões por ano, quase 20% de todo o orçamento do Estado. É muito dinheiro e entra direto na economia, vai para a feira, o mercado, roda o armazém local”.

Wagner concorda com a ministra em que é necessário se levar oportunidade e inclusão produtiva a quem recebe o Bolsa Família. “Temos que apostar na agroindústria familiar, juntar as pessoas nas cooperativas. Em vez de vender mandioca, vender farinha, vender a fécula de mandioca. É um sistema que resgata a cidadania do nosso povo e é por isso que o Brasil está vivendo este momento diferente”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário