quarta-feira, 16 de setembro de 2015


Absurdo: meninas de 11 anos são sorteadas para pedófilos em cidade baiana



Foto: Reprodução/Matt Roper/Daily Mail



A equipe de reportagem do jornal britânico Daily Mail publicou na última terça-feira (15) uma reportagem revelando um absurdo que ocorre na cidade de Encruzilhada, município no Centro-Sul baiano com pouco mais de 23 mil habitantes. De acordo com a publicação, centenas de homens adultos compram ingressos de pouco mais de R$ 30, cada, para ter a chance de abusar sexualmente de meninas adolescentes. Em um sorteio, os bilhetes são distribuídos como um bingo ou uma rifa. Ainda segundo a publicação, os prêmios mais disputado são as jovens virgens.


Tudo acontece a qualquer hora do dia e é de conhecimento da população da cidade e da polícia local. Em contato com o jornal, o advogado local, Michael Farias, afirmou que investiga os sorteios e apura que as menores são aliciadas para participar dos eventos que também reúnem homens de cidades próximas. "Uma quadrilha cuida da produção dos tickets com as jovens que vão ser sorteadas. Várias já foram sorteadas, com idades entre 11 e 17 anos", afirmou. Ainda segundo Farias, a gangue já faturou muito dinheiro com os sorteios. O Daily Mail cita um dado estarrecedor: o Brasil é um dos países com maior taxa de prostituição infantil no mundo, de acordo com relatórios da Organizações das Nações Unidas.







Segundo a ONG Meninadança, organização que trabalha com meninas em situação de risco em comunidades ao longo da BR-116, considerada como a ‘rodovia da exploração’ do Brasil, muitas pessoas não se surpreendem com os sorteios. "Em muitas dessas áreas pobres da zona rural brasileira, mais precisamente ao longo dessas rodovias onde a prostituição está enraizada na cultura, a exploração sexual de crianças se tornou uma norma e não uma exceção", afirma o membro da organização ouvido pelo Daily Mail, Warlei Torezani.


"De acordo com nossa experiência, pais e mães forçam as filhas a se prostituírem e os homens procuram serviços de crianças de 10 e 11 anos sem se inibir, porque eles não enxergam isso como crime", revela.

Em contato com o jornal, Arilando Botelho, chefe da Polícia Civil da cidade, confirmou que uma investigação policial sobre os sorteios havia acontecido e estava sendo estudada pelo escritório da promotoria público local.


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